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sábado, 5 de octubre de 2013

Diana, resenha do filme

BEM-VINDOS AO APAIXONANTE MUNDO DE LETRAS PRECIOSAS E IMAGENS ENCANTADORAS, SEJAM LEITORES, OBSERVADORES, CRÍTICOS E PALAVRÓFILOS, LEIAM, LEIAM, LEIAM. MESMO QUE UM PROVÉRBIO POPULAR SÉRVIO DIGA QUE "A CABEÇA É MAIS VELHA QUE O LIVRO", ISTO É QUE O PENSAMENTO É MAIS ANTIGO QUE A ESCRITA, LEIAM, ISSO AGUÇA O ESPÍRITO, ENRIQUECE O VOCABULÁRIO E A ALMA, DESPERTA A CURIOSIDADE E FAZ VOS PALAVRÓFILOS CURIOSOS TAMBÉM...
 Filme. Diana
Género: drama
Duração:113 min.
Realização: Oliver Hirschbigel
Com: Naomi Watts, Naveen Andrews, Douglas Hodge, Geraldine James, Charles Edwards
Baseado no best-seller "Diana's First love" e tendo por base alguns factos biográficos da vida de Diana, princesa de Gales, após a sua separação do príncipe Carlos, o filme foca a sua aventura amorosa com o cirurgião paquistanês Hasnat Khan, supostamente o seu primeiro e único amor. Partindo da ideia sobre Diana como uma grande humanitária, pessoa plenamente entregue aos outros e às missões em Angola contra as minas terrestres e outros projectos a favor dos desprotegidos, a história centra-se demais no lado pessoal da princesa: o seu desejo de se comportar como uma pessoa comum: de cozinhar, limpar o seu quarto, de se vestir como toda a gente e de evitar os papazzi e a sua procura de amor. Nessa tentativa, de encontrar o homem ideal ela é apresentada como muito insegura, mal-amada, por vezes infantil, quase como uma adolescente, muito mais do que como uma dama digna de respeito conhecida e admirada no mundo inteiro. Enquanto a sua entrega ao amante paquistanês, o interesse por ele, pelo seu trabalho, valores, ideias parecem ser absolutos e sem reserva, a atitude dele com a Princesa não revela um amor profundo e verdadeiro, por mais que ele o afirme. Entre eles existem diferenças fundamentais (além das culturas, estatutos sociais, religiões, o facto de Diana ser mãe e ele não). Diferenças essas dizem respeito aos seus caracteres, hábitos, estilos de vida: Diana é uma princesa, uma celebridade, admirada pelas pessoas, habituada a lidar com os jornalistas, que desfruta da sua popularidade, Hasnat é um homem reservado e frio, que prefere preservar a privacidade, Diana vive uma vida saudável, não tem vícios, Hasnat fuma, bebe, come fast food. Diana é culta, educada, conhecedora de várias culturas, Hasnat não sabe muito para além de jazz e futebol. Na vida real, mesmo sem a morte da Princesa de Gales, a sua relação nunca funcionaria: por um lado nenhuma das famílias veria com bons olhos um casal tão importante britânico-paquistanês, por outro lado a falta de profundeza dos sentimentos por parte de Hasnat e a insegurança quase obsessiva de Diana não iriam resultar a longo prazo.
No filme há detalhes que chamam a atenção aos adeptos de escândalos e da prensa cor-de-rosa, uma vez que as mutilações da Princesa após a infidelidade do seu marido não parecem ser verdadeiras. Apesar de ela constantemente repetir que a sua vida é vigiada pela família real, faltam no filme as personagens do príncipe Carlos e da Rainha Isabel que o pudessem confirmar. A sua preocupação pelos filhos não vai mais além de um par de conversas telefónicas breves com o filho mais velho, o que não se enquadra na imagem da princesa como uma mãe admirável que todo o mundo conhece.
Ao fazer uma obra cinematográfica que pretende ser uma biografia, é desejável documentar-se mais e basear-se nos factos históricos e menos em especulações e informação não verificada.
Além da excelente actuação da protagonista Naomi Watts e uma excepcional qualidade de imagens, o filme não tem muito mais para impressionar os espectadores.

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