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miércoles, 12 de septiembre de 2012

Dor e riso por Anamarija Marinovic

Dor e riso
Belgrado
16 de Outubro de 2003

Meu caro diário,
Amanhã é o tal dia. Importantíssimo para mim. Não esperei muito, mas que importância é que isso tem agora ? Já está, ali á esquina, como se costuma dizer. Estou impaciente. E um pouco nervosa. Não é de estranhar. Claro, não é qualquer dia que se tem a quarta cirurgia dos dois olhos ... Sim, a quarta! QUARTA, Entendes??? Oh, meu Deus!!! Quando é que isto vai acabar? Amanhã, provavelmente...Ou… Calma, calma... Tenho de pensar positivo... Mas, sabes, meu caro diário, já estou um pouco cansada. Não, não é medo, nem preocupação o que estou a sentir agora, é, como é que hei-de dizer... é uma chatice. Sim, essa é a palavra adequada, chatice. De qualquer das maneiras, tem que ser. E o que tem que ser, tem muita força.
Já sei, já sei, nasci prematura, aos sete meses, porque a mamã estava doente. Não era nada grave, uma gripe apenas, mas uma simples gripe pode causar grandes problemas a uma mulher grávida. Não vou agora perguntar-me acerca da razão do meu nascimento prematuro: se foi porque o papá num momento não teve suficiente coragem ou palavras delicadas para não deixar entrar o vizinho engripado que queria ver o seu jogo de futebol na nossa televisão (na altura a única a cores no prédio todo), ou porque a mamã também fumava. Não sei, nem me interessa. Ninguém teve culpa. Nasci antes do prazo previsto e já está. Mas nasci e isso é o único importante, graças a Deus. Tal como se costuma fazer com os bebés demasiado curiosos por conhecerem a beleza deste admirável mundo, para eles absolutamente novo, colocaram-me na incubadora, puseram-me oxigénio a mais e por causa disso os meus músculos oculares enfraqueceram um bocadinho.
Foi então que apanhei aquela doença dos olhos a que na linguagem popular é conhecida como “os olhos vesgos”, mas que os médicos educadamente chamam estrabismo. Sim, ESTRABISMO, esta palavra comprida da origem grega foi o que durante muitos anos me assustava. E o que muitas vezes me parecia um palavrão feio e estranho ao meu ouvido. Cada vez que ouvia aquele conjunto de sons que não percebia, achava que tinha uma coisa horrorosa nos olhos, quando se tratava apenas de um pequeno problema com o funcionamento dos músculos... Uma imperfeição não muito grave, curável e perfeitamente corrigível. Isso tinha que ser operado. Quanto antes, melhor, porque mais tarde fica visível e feio e isso não é recomendável no caso de uma criança, sobretudo de uma menina. Era para ser uma vez, mas, as coisas complicaram-se, não te quero maçar agora com isso, meu caro diário. Não interessa.
Das primeiras duas operações nem me lembro, porque na altura era bebé, a paciente mais nova na carreira do médico que me vai operar amanhã. Foram os pais que me contaram tudo. A terceira, a de há dois anos, foi um horror: a anestesia geral, as dores insuportáveis, uma enorme vontade de coçar os olhos, as náuseas depois de acordar, um sentimento de extrema fraqueza... Valha me Deus! E amanhã outra vez a passar por isso... Nem quero pensar... Mas o médico é um excelente especialista, uma pessoa muito simpática, sempre faz brincadeiras e gostamos muito um do outro. Aliás, trata-me como se fosse a sua filha mais nova, ou até a sua primeira neta...
Há de correr tudo bem! E depois, aquele rapaz tão belo, meu colega da universidade, de quem toda a gente diz que ficaria bem ao meu lado, pode começar a ver-me com outros olhos... Vamos ver. Na verdade, não tenho de que preocupar-me. Além disso, amanhã é um dia santo: o Santo Estêvão, déspota sérvio que ficou cego, e que, segundo a crença popular, ajuda os doentes dos olhos. Ele não me vai abandonar. O meu Anjo da Guarda também não. Mas, agora, toca a dormir e descansar, preparando-me para o grande dia… Em breve, meu caro diário, escrevo-te novamente…

Depois de ter terminado esta página fiz a sinal da cruz, disse: “Que Deus e Santo Estêvão Štiljanović da Sérvia me acudam” e adormeci que nem um anjo.
Chegou o tal dia: Lembro-me de ter entrado no hospital, uma bela e agradável clínica, daquelas modernas e privadas, cheias de fotos bonitas, juramento de Hipócrates e plantas grandes no rês-do-chão O meu médico, vestido de verde mais me parecia um ursinho fofinho de peluche que aquele montenegrino alto e corpulento que por vezes aparecia na televisão a falar sempre de doenças, das actividades políticas do seu partido e de coisas graves e muito, muito sérias. Os seus olhos azuis, suaves e cheios de carinho inspiravam-me confiança. Como se me estivessem a dizer: “Estará tudo em ordem, garanto-te! Força, minha menina, não tenhas medo.”
Lembro-me de ter acordado da anestesia e de ouvir o meu médico dizer: “Minha campeã, foste valente! Conseguimos! Senti que o meu pai, que então estava ao meu lado, me afagava a mão, controlando-se para não chorar. Agradeço a Deus e a São Estevão da  Sérvia. E ao meu médico que não escolheu esta data por acaso... Não era uma coincidência de certeza, ele é um senhor muito religioso, que conhece o calendário da Igreja para frente e para trás e até nasceu no dia do Natal ortodoxo...
Hoje, já passados alguns anos daquela experiência, muitas das coisas dão-me vontade de rir: Sim, outra vez passei pela anestesia geral, tive dores insuportáveis e uma enorme vontade de coçar os olhos, as náuseas depois de acordar e um sentimento de  extrema fraqueza, mas também tive ao mesmo tempo muita força Correu tudo bem. Aquele rapaz tão belo que na altura era meu colega da universidade e de quem toda a gente dizia que ficaria bem ao meu lado, não me prestou muita atenção, pelo menos não no sentido em que todos os colegas da turma murmuravam, mas , já não me preocupo com isso. Hoje ele e eu somos os melhores amigos., e o que os outros digam ou deixem de dizer, não nos toca em absoluto. Porém, neste mundo há uma outra pessoa, não interessa quem, nem o penso revelar, que me faz dormir bem e sonhar melhor. Esse sentimento tão forte e profundo, sincero, silencioso e misterioso dá aos meus lhos um brilho muito especial, pelo qual uma vez ele me tinha dito que estava muito bonita. Não sei se tem razão, mas uma coisa sei com certeza absoluta: agora os meus olhos estão completamente bem. Graças a Deus e a Santo Estêvão Štiljanović da Sérvia. E ao meu médico, aquele montenegrino alto e corpulento, que por vezes aparece na televisão a falar sempre de doenças, das actividades políticas do seu partido e coisas graves e muito, muito sérias, mas que, apesar disso não deixa de ser o meu ursinho fofinho de peluche...

otro cuento por Anamarija Marinovic

Milagro de la noche de San Juan
Hace innúmeros años lejanos, en los tiempos en que el ruído de las ciudades no ensurdecía los oídos, cuando el conocimiento no se encontraba a un clic de distancia y cuando no se creía que las plantas que comemos nacían embaladas en el supermercado de la esquina, el hombre vivía más próximo de la naturaleza, de sus orígenes y raíces, combatiendo sus temores, defendiendo sus ideas y creencias, disfrutando de los sabores, olores y sensaciones genuinas que lo rodeaban. En aquellos “viejos buenos tiempos” en que no se sabían los nombres griegos y latinos para cada enfermedad, cualquer abuela que ni siquiera sabía leer y escribir, en todo momento aplicaba sin error la planta más adecuada para remediar los males y dolores físicos, si es que no conseguía curar los del alma y del corazón.
Esta es la razón por la que todos los pueblos del planeta tienen un rico y variado imaginario relacionado con las plantas, su papel en la alimentación, en la salud y en todos los segmentos de la vida profana o sagrada. Los eslavos antiguos en este sentido no son ninguna excepción.
Según una vieja leyenda , de aquellas que se tansmiten de abuela a nieta, de boca en boca y del oído al oído, se cree que en la noche de San Juan (para la cual los cientistas modernos afirman y reafirman que es no más una cristianización de los viejos rituales paganos, y yo, humilde sierva de Dios y narradora de esta historia, tengo mis motivos para no aceptar esta idea del todo) florece el helecho. Una vez al año esta modesta flor se abre para quien la merece y le trae la más intensa y la mayor de las felicidades. El camino hasta ella es estrecho y peligroso, los motivos son vários: desde la curiosidad, la vanidad, el deseo de descubrir y poseer lo desconocido, la superstición, el coraje u otros. Esta flor, conociendo todas las debilidades y virtudes escondidas en los corazones humanos, en los de las hadas y otros seres sobrenaturales, sabe que no todos deben tener el privilegio de verla, tocarla, olerla o arrancarla, porque su experiencia le enseñó que las acciones aparentemente tan inocentes como la de coger una flor pueden provocar grandes conflictos y pecados como la soberbia, la envidia o la rabia, y que esa misma acción podría ser una pequeña gota de gacia y dulzura de la que necesitan hasta los corazones más empedernidos y ofuscados por las tinieblas del desamor y angustia. El hecho que pretendo subrayar una vez más es el verbo merecer: sí, la flor del helecho sólo se abre a quien la merece. Es importante destacar eso, porque os voy a llevar a los tiempos en que la lucha honesta y el premio merecido eran imperativos en la vida de cada individuo y en que todavia se tenía mucha fe en la protección de los santos, y en que nada se empezaba sin pedirse la bendición de Dios y del padre o la madre.
Toda esta introducción era no más el punto de partida para el desarrollo de una historia bonita de las que confirman que las tradiciones populares no son apenas pasatiempos divertidos o ricas enseñanzas que dicen las viejas tras el fuego y que a veces se vuelven reales para los que creen en ellas com toda la firmeza, esperanza y pasión.
            Hace muchos, muchos anos, en una noche de San Juan, cuando las aguas se dividían en cuatro en forma de la cruz, en que la actividad de los demonios estaba muy presente  en todos los rinconcitos más escondidos de la naturaleza, cuando las flores echaban sus olores más embriagadores, cuando el verano corría detrás de la primavera para expulsarla y decir que ya se había acabado su tiempo y que debía ceder su lugar a los calores mucho más fuertes, cuando todas las aldeas, arroyos y bosques parecían estar hirviendo de las fuerzas de la vida y de la juventud, había en este mundo, en las lejanas tierras eslavas alguien que no estaba feliz: un hombre,  que parecía perdido y cansado después de un largo y peligroso viaje, y una mujer, que vivía en su gruta, pareciendo ser olvidada en su angustia y soledad, causadas por muchas maldades que había cometido a lo largo de sus muchos dias y noches pasados com el único objetivo de lastimar y estropear la felicidad de los otros.
Ella era bruja, por su aspecto físico no se diria que era vieja, al contrario, hasta pienso que podría tener la edad de casare, pero su fealdad y maldad cargaban en sus espaldas un peso increíble del que nunca se podía liberar porque no sabía cómo. Todos la conocían apenas por Bruja, sin que ndie recordara ni su nombvre, ni apellido, ni ciudad natal. No se sabe cuándo su família llegó a habitar la oscura gruta de la montaña alta, inhóspita e inaccesible en que toda la gente la recordaba ver, tampoco se conoce el número de mitos y leyendas que envolvían su figura y personalidad, pero ninguna de esas creaciones populares contenía una palabra suave. Genearciones y generaciones de mujeres de su família se dedicaban a la brujería, los comunes mortales de carne, hueso y alma bautizada les temían, daban tres pasos para tras y escupían cuando ellas pasaban, hacían la señal de la cruz o practicaban otros rituales para alejalas y para que sus hechizos no los alcanzaran. Algunos hasta odiaban a la Bruja, no sabiendo que del odio solo nacía rencor y que así se aumentaba la cadena del mal en el mundo. En los primeros tiempos el odio y el temor de las gentes la llenaban de orgullo y de soberbia, haciéndola pensarse poderosa. Le encantaba asustar a los niños, amenazar a los hombres que les iba a comer el corazón, mandar maldiciones a las mujeres más bellas que ella, interferir entre los bien casados llenando sus hogares de discordia y de amargura.
Cuando su bisabuela, su abuela y su madre murieron, por increíble que parezca, la soledad, la rutina y la angustia comenzaron a infiltrarse entre las paredes bajas, esterchas, sucias de musgo y humedad de su gruta. En vano intentaba convocar a las otras brujas, compañeras de sus maldades juveniles para cenar com ella y alegrar un poco sus días. Unas estaban ocupadas haciendo pociones mágicas venenosas, otras tenían ya su calendario lleno (comiendo corazones, protagonizando las pesadillas de los niños, induciendo a los hombres casados en el pecado del adulterio,  intercambiando recetas de las pociones mágicas, varriendo sus casas con el modelo más reciente y eficaz de  escobas, excusándose que hacía mucho  que ya no volaban en ellas, otras no se dignaban ni de responderle, dedicándose a inventar chismes y calumnias más asquerosas sobre ella, olvidándose de que hasta ayer juraban la eterna hermandad con ella y una ayuda mutua en los momentos difíciles. Por estas y otras futilidades femeninas, perdón, brujinas la Bruja empezó a sentirse abandonada y olvidada. Ni todos los elixires de la fuente de la juventud, ni todas las pociones mágicas, ni todos los vuelos nocturnos en su escoba preferida le daban el sentido que ella buscaba.  Ni todas las plantas medicinales usadas ampliamente en el imaginario popular conseguían apaciguar su dolor. Era algo que venía de las entranãs, punzándole el alma, y contra eso no hay yerbas que ayuden.
Empezó a interrogarse, a sentir el peso de su conciencia, durante las noches la perseguían los rostros horrorizados de los niños que había asustado a la muerte, cada alimento que ingería le parecía un corazón de sus víctimas, comer ya le daba asco, respirar era difícil porque en cada partícula del aire le parecía el suspiro de una muchacha malcasada y cada gota de agua la lágrima de una madre cuyo hijo por su brujería había perdido la razón. Todo se volvió negro, absurdo, desesperante. En los momentos de su locura vertiginosa, hasta decidió subir la cumbre de la montaña y echarse al abismo más profundo. Qué más dá… A nadie le importaba su miserable vida… Todos la odiaban… Si ella se muriera, desaaprecería una mala creatura sin valor y sin ninguna importância. Se iria a acabar una vida llena de egoísmo, de envidia de todos los horrores y desgacias… Y fue subiendo con la intención que le habían impuesto su mente turbia y su corazón sin fe, espearnça y amor…
Pero, como la noche de Sn Juan no es apenas un festejo pagano y popular, y por alguna razón se llama así (en homenaje al santo precursor y Bautista, padrino de Cristo, que según el calendario gergoriano se celebra el 24 de junio y de acuerdo com el juliano a 7 de Júlio, no voy a explicar ahora los pormenores, pero estas dos fechas son importantes porque esta historia incluirá la tradición ibérica y la eslava, como luego se irá verificar en su final, bonito y feliz como el de todas las historias encantadas que valga minimamente la pena leer), en ella, com todo su canto,  bromas, juegos,  juventud, salud, belleza y amor, no podría caber una muerte trágica y un peacdo tan grave.
-¡Muchacha!- se oyó de cerca una voz masculina arañando las nubes como un trueno.
Asustada y confusa, la Bruja se sobrecogió. Hacía años y años que nadie se había dirigido a ella tratándola por “muchacha” y no por su apodo de Bruja, que desde que el mundo es mundo há sido el único nombre de ella y de toda su estirpe femenina.
- ¿Pero, qué haces, hija infeliz?- se repitió la voz, esta vez más cariñosa y suave.
Yo no te voy a permitir que cometas esta barbaridad, y sobre todo en esta noche sagrada y bendita en que fue enunciado el nacimiento de quien bautizaría con el agua al que bautizaría com el Espíritu Santo. Yo soy aquel que apareció a Zacarías en el templo, anunciando que su mujer Isabel, que había sido estéril tendría un hijo, yo soy aquel que ordenó que el santo que hoy celebramos se llamaría Juan, yo soy aquel que anunció a la Virgen María que era bendita entre las mujeers, y yo soy aquel, que disfrazado de viejo monje una vez, cuando tú tenías siete años, te pidió agua y tú, que todavía eras una niña buena, me la diste. Por esta obra, la única buena que hiciste en toda tu vida, te doy la oportuidad que sigas viviendo.
Todos los que conocen mínimamente la historia del cristianismo, saben quién era el interlocutor de la Bruja, aquel que la hizo llorar por primera vez después de tantos y tantos años de soleadd y de desprecio que habían vuelto su corazón en una piedra fría e intocable.
Entre sollozos y lágrimas la triste muchacha replicó:
-Pero… ¿ Para qué me sirve el seguir viviendo si nadie me ama….? Si soy mala y horrorosa…
- Tú dices que nadie te ama, es porque no has conocido el amor. No sabes lo que es dar, no conoces la belleza de la misericordia y de la compasión, no disfrutas de la vida y de toda la riqueza que Dios creó. Pero, esta noche, en que la flor del helecho se abre para quien la merezca, pasan milagros y todo es posible ¿Cees en lo que te digo?
- Creo… sí, quiero creer.
- Si quieres creer, fíjate en este viajante cansado que aí viene y ayúdale. Él anda perdido, igual como tú en busca del sentido de su vida, pero como son milagrosos los caminos del Señor, si él está aqui en esta misma noche, por algo será. No te digo más, abre tu corazón y se te dirá solo lo que tienes que hacer… Te doy una cruz, una espada y una grinalda de flores y eso te basta para saber qué hacer com ellas.
El misterioso interlocutor de la muchacha hizo la señal de la cruz y desapereció y la gruta de repente se iluminó y se quedó limpia y acogedora.
El caballero cansado, que por su asepcto era forastero, vio a lo lejos la luz de la gruta y decidió dirigirse allí para descnsar y pasar la noche para el dia siguiente continuar su viaje, que no tenía un rumbo definido. El extanjero había nacido en una lejana tierra ibérica y se llamaba Pedro, pero por su carácter reservado y muy poca capacidad de expresar sus emociones, le decían “el corazón de piedra dura”, que bien se conjugaba com su nombre. Había pasado medio mundo a caballo, buscando una esposa digna. Para eso pidió la autorización de sus padres, y que conste aqui que él era un joven que respetaba mucho a su familia, adoraba a los niños y se interesaba por las tradiciones y culturas de muchos pueblos. Su belleza física era marcante: era alto, robusto, um típico caballero medieval, solo que no era rubio, como los clásicos príncipes de los cuentos de hadas: su pelo, y complexión eran morenos, y sus ojos oscuros como la medianoche. Además, hacía a veces un gesto involuntario com esos ojos, que le daban un encanto especial, que hechizaría hasta las hadas y las brujas, y mucho menos cualquer muchacha de carne y hueso.
Las mujeres de su tierra o lo buscaban por su belleza exterior, o por algunos de los valores materiales que les podría ofrecer, o se aprovechaban de su paciencia para avergonzarlo en público delante de sus amigos o eran de cualquier forma indignas y fútiles, que no merecen una línea en esta historia encantada. Lo que él queria era una esposa, compañera, consejera, amiga, una digna madre para sus hijos y una buena tia para sus dos sobrinos, una niña y un niño, de los que dice que son su mayor orgullo.
Cansado, com hambre y sed, Pero entro en la gruta y pidió ayuda.
La muchacha le preparó la cena, dio de beber a su caballo, le hizo la cama y se pusieron a conversar.
- ¿ Dónde estoy, buena muchacha?
- En una tierra eslava en los Balcanes montañosos.
- ¿Qué dia es?
-Domingo, siete de julio. En esta tierra se festeja el nacimiento de San Juan Bautista. Y le explicó la diferencia entre los calendarios y algunos prmenores más que diferenciaban esta cultura eslava de la suya, la ibérica.
-Sabes… -continuó la mujer- Hoy los chicos y chicas saltan las hogueras, las muchachas hacen guirlandas de flores para que Dios y San Juan les den la salud, que sepan si y cuándo (bueno, y com quién) se van a casar, juegan a reyes y reinas, corrren con lilas (atochas de corteza del cerezo) acendidas, miden sus fuerzas físicas, bromean, se mojan com el agua, ponen guirlandas en todos lados, para que hasta su ganado tenga prosperidad, se besan  através de las coronas de flores y… en fin, es una verdadera fiesta de la belleza, juventud y amor (permitido y prohibido, porque hay muchos besos robados, muchos movimientos poco decentes que no caben en una buena historia encantada.
-Bonitas tradiciones tiene esta tiera, y te digo una cosa, son bastante parecidas con las nuestras, nosotros hasta creemos que San Juan es un santo a quien le gustan mucho las chicas y que “todo se mata” cuando ellas no vienen a su fuente de plata…
Los dos rompieron a reírse de algunas tradiciones ingenuas de sus pueblos y a completar sus conocimientos contando las más diversas historias populares hasta que la muchacha le contó al caballero la creencia sobre la flor del helecho y sus efectos milagrosos.
- Yo quiero buscarla. Estoy cansado de buscar el sentido de mi vida y sin una buena esposa, yo no me veo en este mundo. Quién en este mundo no ama, en el outro no se salvó, como dicen mis viejos antepasados.
- Ten cuidado, el camino es esrecho y peligroso, todos los años alguien intenta alcanzar la flor y se muere por aí. Es un camino árduo, húmedo y oscuro, tienes que hacer tres pruebas y sobre todo tener un corazón bueno.
-Mi corazón… Gran cosa mi corazón… Yo no tengo corazón… tengo una piedra dura, lo sabían hasta mis padres cuando nací y por eso me llamaron Pedro.
- No, tú tienes un corazón de oro puro, sólo que te escondes detrás de esa máscara, para que nadie te lastime.  Has sufrido mucho por las que no sabían tratar bien de tu coarzón y ahora te crees insensible, pero, te juro que no lo eres. Y además yo creo en que tú vas   a conseguir y yo te ayudare´. Toma esta cruz, esta espada y esta guirlanda de flores. Cuando llegues cerca del lugar donde florece el helecho, encontrarás a las brujas y diablos bailando en círculos, muéstrales la cruz y di: “Que me ayuden Dios y San Juan” y ellos huirán sin dejar rastro. Cuando tengas dificultades en pasar por entre los arbustos y plantas, córtalas con la espada y las flores son para que las pongas en la cabeza de la que va a ser tu esposa. La flor del helecho hay que merecerla. Vete com Dios y con San Juan, buen caballero.
El caballero obedeció a la muchacha e hizo todo tal como ella le había indicado: haciendo la señal de la cruz empezó su aventura. Después de muchas andanzas y adversidades llegó al lugar en que las brujas y los diablos bailaban en círculos chillando y haciendo un ruído insoportable, intentando sabotear la búsqueda de la modesta flor que trae la felicidad. El caballero tomó la cruz en su mano derecha, se la mostró a sus enemigos y dijo: “Que me ayuden Dios y San Juan”. Con un ruido tremendo, los diablos y las brujas se deshicieron en huno y desaaprecieron. El caballero siguió su camino: las piernas le dolían, los ojos se le cerraban de sueño, pero estaba decidido: o esta noche encontarba a su esposa o se quedaría solo por el resto de su vida. Todo el paisaje era hostil, el camino estrecho, las piedars húmedas, las plantas densas y todo parecia haberse puesto de acuerdo para imposibilitar el camino del caballero, pero se acordó de su espada e iba cortando las plantas indeseadas y se iba abriendo el paso. Allí en el medio de la nada estaba dormida la flor del helecho, esperando a su salvador, que le permitiera cumplir la misión de su vida y hacer a los demás felices.
- Que me perdonen Dios y San Juan, pero yo no cojo esta flor sin mostrársela a aquella muchacha de la gruta- pensó el caballero Pedro y quiso volver atrás para buscarla. Dio una vuelta y la vio allí, a su lado, a poços pasos de distancia.- ¡Qué ncreíble es esta muchacha! Me siguió hasta aquí de noche y sin miedo, ella será mi esposa.
- Buenas noches, buen caballero, cumpliste las primeras dos pruebas. ¿Y la corona de flores….?
- Es para ti. Sólo tú eres digna de ella, tú eres aquella que me podrá acompañar en los momentos difíciles y darme la alegria en los momentos bellos. Tú eres la única que en mi corazón de piedra dura acendió la llama del amor. Tú serás mi novia y mi esposa y madre de mis hijos y tia de mis sobrinos… Y le dio un beso através de la guirlanda, como se suele hacer en esta tierra eslava en los Balcanes montañosos en la noche de San Juan.

- Y tú eres mi primer amor. Antes yo era bruja,  fea, mala, insignificante, horrible, ni mi nombre tenía, pero, me apareciste tú y yo conocí el amor.
- ¿Fea y mala, tú? Imposible. Estás toda muy bonita… como siempre, sólo que no lo veías. Y en lo que se refiere al nombre…. A partir de ahora, Ana te llamarás. Y a mí me amarás.
En este momento se abrió la modesta y bonita flor de helecho, que se deja ver una vez al año por aquellos que creen que el coraje, la lucha y el mérito todavía valen alguna cosa. Mientras la naturaleza olía a las fuerzas vitales, la risa de los jóvenes y la luz de las hogeras llenaban el aire de la mezcla de lo pagano y lo Cristiano, Dios, San Juan y el misterioso interlocutor bendijeron el beso de la muchacha Ana y del buen caballero Pedro, que tuvieron entre sus manos la bella y modesta flor de helecho, como recuerdo de un milagro de esta noche mágica y santa al mismo tiempo.





por qué los bombos son redondos por Anamarija Marinovic

Abril: La amabilidad. La simpatía. La alegriá. La felicidad.
Mayo: La esperanza. El sueño. La imaginación.
Junio: La incerteza. Bien, a lo mejor…
Julio: Una fiesta. Un mensaje sin respuesta. La preocupación. La oración. La tranquilidad.
Agosto:  Las vacaciones. La lejanía. La duda.  ¿ Por qué…?  ¿Será que soy yo? El espejo. Probablemente. Pero…
Septiembre: La incomunicación. La soledad. La timidez. ¿Será que….? No. No puede ser. ¿Y si…? No vale la pena pensarlo. Es que en estas situaciones…
Octubre: La ansiedad. ¿Qué hago? ¿Desisto? Nunca. El sueño. La confianza. La fe. La esperanza.
 Noviembre: La fecha. Finalmente! !Ánimo! La noche. La magia. El encanto. El Palacio de los Távoras. El brezo. Las raíces. El viaje en el tiempo. La música. Un bombo. El bombo. La felicidad silenciosa. Las vibraciones más íntimas de los rincones más escondidos del alma…   La cabeza como un bombo. La imaginación. Los aplausos. La realidad.
- Estás toda tan bonita… como sempre- le dijo él.
La joven sonrió y bajó la mirada. La realización. La plenitud. La vibración. El corazón como un bombo. Cómo es maravillosa la vida de una princesa encantada, verdad?
La amabilidad. La simpatia. La alegriá. La felicidad., la fe-li-ci-dad, !LA  FE-LI-CI-DAD!


Sabiduría suprema, cuento por Anamarija Marinovic

 Sabiduría suprema
Era una vez un joven maestro de escuela recién–licenciado, que sabía muchas cosas y a quien le encantaba hacer a sus alumnos todo tipo de preguntas difíciles y  hacerles adivinar los rompecabezas más complicados y pocas veces apropiados para su edad. Si lo hacía para despertar en ellos el interés y el gusto por la sabiduría o para ostentar la suya, nunca nadie lo consiguió descubrir, porque en su rostro no se notaba ni el más ligero rasgo de expresión emocional.
Un día entró en su sala de clases y se dirigió a la pequeña María con la siguiente pregunta:
-¿ Tú crees en Dios?
- Sí- dijo ella.
- Siendo así, dime una cosa: ¿Por qué razón Dios te dio justamente a tu madre y no una outra mujer cualquiera entre tantas que hay en este mundo?
- Porque Dios sabe todo y sabe también que ninguna outra madre en este mundo me amaría tanto como la mía.- respondió la niña de ocho anos.
Hubo un momento de silencio tenso y profundo. En el rostro del mastro se notó un ligero rubor, algo que nunca antes había sentido. Bajó la cabeza.
La clase continuó pero nada más era lo mismo…

Un final lógico por Anamarija Marinovic

Un final lógico
Era una vez un colorín-colorado que se fastídio de ser empujado sempre para el final de la historia y decidió luchar por sus derechos: envio muchas cartas a los periódicos denunciando el flagrante  caso de discriminación com base en los prejuicios literários, dirigió una también a la  Asociación Nacional de Escritores, reclamo junto a los compiladores de los cuentos tradicionales, resolvió consultar a los especialistas, pero ni  Umberto Eco ni Michel Faucoult ni Garciá Márquez le dieron respuestas.
Justo cuando terminó una carta de reclamación urgente, com todos los párrafos, comas, quexas y “sin outro asunto de momento” en su lugar, dirigida al autor de la entrada “cuento” en el Diccionario de Narratología, se vio obligado a perder sus valiosas dos horas en la fila de una oficina de correos.
Realmente, hoy en día la administración pública es una cosa de locos.

La cabeza andante por Anamarija Marinovic

La cabeza andante
El outro día, Ana anduvo desde Alfornelos hasta Santa Apolónia e hizo el mismo percurso de regresso. Once quilómetros y medio de ida  más otros tantos de vuelta.
¿Por el espíritu desportivo? ¿Para adelgazar? ¿Porque le gusta caminhar al aire libre? ¿Para reflexionar sobre la vida, aprovechando para estar sola un poco observando las cosas com calma y atención? ¿Para intentar corregir el defecto que tiene en las piernas?
Algunas de estas suposiciones están ciertas, pero cuando se juntan su gran gusto por passear y su enorme fascínio por la introspección, puede ser muy peligroso, porque unos quince minutos antes de llegar a su destino, Ana se dio cuenta de que se no llevaba la cartera (con su tarjeta de metro dentro y el dinero para un billete simple).
Pues, bien, quien no tiene en la cabeza (ni en el bolsillo)… tiene en las piernas, ya lo afirmó muchas veces un viejo proverbio serbio.

nuevo cuento por Anamarija Marinovic

El microcuento de hadas
Era una vez una princesa. Un día, en la rica biblioteca de su castillo, se le ocurrió escribir un microcuento.
Como no  le gustaban mucho las invenciones de los tempos modernos, y, además, como todas las princesas cultas y traicionales, desconfiaba de su calidad y valor estético, solamente le salían brillantes comienzos de noveals de caballerria, versos de excelentes poemas heroicos,   narraciones largas con las tierras lejanas,  reyes y reinas, con los três hermanos, de los que el menor es siempr el mejor, el más valiente, el más perspicaz y el más virtuoso, los bonitos cuentos de hadas con las tres pruebas del príncipe, con su boda con una hermosa princesa wncantada, como ella, y, por supuesto, el final feliz.
Estaban todos muy buenos pero, ella quería un microcuento y lo tenía que tener. Afiló  bien su pena de pato y empezó a escribir, cortando las expresiones, eligiendo mejores solucones, buscando sinónimos, omitiendo descripciones muy detalladas y diálogos superfluos  intentando ir directo al asunto essencial, usar la ironia y el doble sentido de las palabras, dar vuelta a los modelos y autoridades reconocidos, pensar en los finales inesperados, y cuando, finalmente, estaba satisfecha con su microcuento, llegó el dragón y le devoró la hoja de papel, com todo el plácer de un vegetariano y fervoroso defensor de los animales y humanos.


Solidão por Anamarija Marinovic

Solidão
Se eu fosse um cão, Brigitte Bardot levantaria a voz por minha causa.
Se fosse alcoólica ou toxicodependente, os médicos dos sanatórios tomariam conta de mm.
Se fosse assassina, os tribunais e os jornalistas iriam dedicar-me a devida atenção.
Se fosse lésbica ou prostituta, (infelizmente)  meia Europa lutaria pelos meus direitos
Se fosse uma estrela escandalosa de telenovelas, de música ou dum reality qualquer, milhares de fãs do mundo inteiro deixariam os seus comentários, smilies e palavras de apoio ou de crítica no meu perfil do Facebook...
Em vez disso... sou uma exemplar Doutoranda em Letras em pleno mês de Agosto.

viernes, 7 de septiembre de 2012

the curious and rich Serbian Culture

IVIC, Pavle (ed.) (1999) The Fistory of Serbian Culture, Porthill, Edgware, 356 pages
If you didn't know that Serbian Medieval illuminated manuscripts were made using a very special technique, unique in the world (because of which the oldest Serbian handwritten book the Miroslav's Gospel nowadays is considered the Patrimony of the Humanity in the UNESCO's list), if you didn't know that printing in Serbia started to be used much earlier than in many Western European countries, if you didn't know that Jacob Grimm started to learn the Serbian  language to be able to read it in the original and to translate it properly into German, if you didn't know that the first film in Serbia and in the Balkans was shown in 1896, only six months after the famous projection made by the Lumière brothers, if you haven't heart of the monastery Visoki Decani, from the fourteenth century that was built in Kosovo by the serbian king Stefan Decanski and finished by his son the Emperor Stefan Dusan, and that now is also protected by the UNESCO, then you are absolutely recomended to read The History of Serbian Culture.
this collection of works, written by the most prominent Serbian specialists in each of the areas here represented (art, architecture, oral and written literature, film, traditional architecture, history, music, sculpture, theatre), this book pretends to be a concise and informative guide to the most important events and personalities of serbian culture. Here you will find out more about the well-known writer Ivo andric, winner of the Nobel Prize in 1961, about some of the most prestigiuos film directors (that deserved some of the most important European awards, and that together with Kusturica made the Serbian cinematography recognizable and unique abroad . Their names are Goran Paskaljevic, Srdjan Karanovic, Slobodan Sijan, aleksandar petrovic and others.
The beautiful images and the high quality photographs just complete the rich and divers picture of the richness and singularity of serbian people, customs, traditions, arts and skills.
The only grave fault of this collection of essays is that there is no chapters that approach Serbian science, because there you could find the names such as Nikola Tesla, Mihailo Pupin, Milutin Milankovic and Mileva Maric-Einstein, without whom the scientific world today would certainly be much poorer.
In this book also misss some of the curious information such as that the first Newspaper in the Balkans waas "Politika" that started being published in 1901 in Belgrade and is still published daily, and also it would be interesting to mention that the first railway station in the Balkans was actually the one constructed in Belgrade, and that it still works.
However, in spite of these small imperfections, this collection odf scientific works of great quality is worth reading because it is very informative and presents Serbia in a different way, explaining to foreign readers that this country is much more than the stereotyped image of wars and cold weather, that unfortunately still exists in the mind of many European and non-European peoples.

miércoles, 5 de septiembre de 2012

quando as identidades se tornam assassinas

MAALOUF, Amin, (2001), As Identidades Assassinas, DIFEL, Oeiras, 173 pp.
Com o título mais do que provocativo, e escrita por um libanês que vive em Paris desde 19796 e escreve as suas obras em francês, esta é uma excelente obra que fomenta a discussão identitária na Europa e no mundo pós-modernos. Partindo da pergunta que as pessoas que o rodeiam lhe fazem "se ele se sente mais libanês ou mais francês", que é uma daquelas questões aparentemente muito banais que se colocam apenas para a conversa não acabar, Amin Maalouf dá as suas reflexões interessantes sobre o problema da identidade. Na sua opinião a identidade "não se compartimenta, não se divide em metades" (p.10), é algo que não é inato e que se constrói ao longo da nossa existência, que faz com que cada indivíduo se distinga das outras pessoas e que tem muito a ver com símbolos, representações e aparências.
O que há que destacar na pergunta inicial é o verbo "sentir", isto é, a identidade não é feita apenas de factores "racionais" e explicáveis tais como a pertença a uma etnia, religião , um determinado grupo linguístico, uma família etc, mas também depende de uma série de opções que nós fazemos regendo-se pela nossa esfera emocional, por gostos, imagens, mitos, interesses e tudo aquilo que não cabe dentro do domínio da objectividade e da razão.
O autor explica a fluidez e a mutabilidade do conceito da identidade de acordo com as circunstâncias sociopolíticas e culturais, referindo o exemplo de um habitánte da Bósnia que durante o regime de Tito se iria declarar como jugoslavo, para durante a guerra dos anos 90 se assumir como muçulmano e hoje em dia salientar que é bósnio mas europeu, sublinhando a necessidade de o seu país pertencer à Europa, alargando finalmente as suas pertenças identitárias às raízes balcânicas.
Quando analisa a situação e o contexto na antiga Jugoslávia e nos Balcãs, nota-se que tem conhecimentos profundos sobre a matéria e que não escreve sem argumentos e seguindo as tendências que estavam em vigor na década em que a obra original foi publicada (final dos anos noventa).
Dividida em quatro partes "A minha identidade, as minhas pertenças", "Quando a modernidade vem do Outro", " O tempo das tribos planetárias" e "Como domesticar a pantera", esta colectânea de ensaios discute não apenas a identidade, como a visão do Outro (ao mesmo tempo como perigo e ameaça e como alguém que desperta interesse, curiosidade e desejo de o conhecermos), a globalização e a sua (in)evitabilidade no mundo moderno, e a tentativa de se reconciliarem estes conceitos "problemáticos" hoje em dia, para as identidades não se tornarem "assassinas". Esta característica da identidade começa a ser preocupante quando um dos seus elementos (étnico, cultural, linguístico ou religioso) é exagerado e sobrevalorizado, mas ainda assim, Maalouf nunca recomenda que se deve esquecer ou apagar a identidade enquanto tal, apenas deve reflectir-se sobre ela de uma forma mais adequada à sociedade contemporânea em que vivemos.
Com uma linguagem muito simples e acessível para os leitores de todos os níveis de escolarização e de todas as faixas etárias, com metáforas originais e ideias interessantes, As Identidades Assassinas não representa em absoluto uma leitura fácil e unívoca, oferecendo sempre múltiplos e novos sentidos e significados de interpretação e compreensão.