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miércoles, 12 de septiembre de 2012

Un final lógico por Anamarija Marinovic

Un final lógico
Era una vez un colorín-colorado que se fastídio de ser empujado sempre para el final de la historia y decidió luchar por sus derechos: envio muchas cartas a los periódicos denunciando el flagrante  caso de discriminación com base en los prejuicios literários, dirigió una también a la  Asociación Nacional de Escritores, reclamo junto a los compiladores de los cuentos tradicionales, resolvió consultar a los especialistas, pero ni  Umberto Eco ni Michel Faucoult ni Garciá Márquez le dieron respuestas.
Justo cuando terminó una carta de reclamación urgente, com todos los párrafos, comas, quexas y “sin outro asunto de momento” en su lugar, dirigida al autor de la entrada “cuento” en el Diccionario de Narratología, se vio obligado a perder sus valiosas dos horas en la fila de una oficina de correos.
Realmente, hoy en día la administración pública es una cosa de locos.

La cabeza andante por Anamarija Marinovic

La cabeza andante
El outro día, Ana anduvo desde Alfornelos hasta Santa Apolónia e hizo el mismo percurso de regresso. Once quilómetros y medio de ida  más otros tantos de vuelta.
¿Por el espíritu desportivo? ¿Para adelgazar? ¿Porque le gusta caminhar al aire libre? ¿Para reflexionar sobre la vida, aprovechando para estar sola un poco observando las cosas com calma y atención? ¿Para intentar corregir el defecto que tiene en las piernas?
Algunas de estas suposiciones están ciertas, pero cuando se juntan su gran gusto por passear y su enorme fascínio por la introspección, puede ser muy peligroso, porque unos quince minutos antes de llegar a su destino, Ana se dio cuenta de que se no llevaba la cartera (con su tarjeta de metro dentro y el dinero para un billete simple).
Pues, bien, quien no tiene en la cabeza (ni en el bolsillo)… tiene en las piernas, ya lo afirmó muchas veces un viejo proverbio serbio.

nuevo cuento por Anamarija Marinovic

El microcuento de hadas
Era una vez una princesa. Un día, en la rica biblioteca de su castillo, se le ocurrió escribir un microcuento.
Como no  le gustaban mucho las invenciones de los tempos modernos, y, además, como todas las princesas cultas y traicionales, desconfiaba de su calidad y valor estético, solamente le salían brillantes comienzos de noveals de caballerria, versos de excelentes poemas heroicos,   narraciones largas con las tierras lejanas,  reyes y reinas, con los três hermanos, de los que el menor es siempr el mejor, el más valiente, el más perspicaz y el más virtuoso, los bonitos cuentos de hadas con las tres pruebas del príncipe, con su boda con una hermosa princesa wncantada, como ella, y, por supuesto, el final feliz.
Estaban todos muy buenos pero, ella quería un microcuento y lo tenía que tener. Afiló  bien su pena de pato y empezó a escribir, cortando las expresiones, eligiendo mejores solucones, buscando sinónimos, omitiendo descripciones muy detalladas y diálogos superfluos  intentando ir directo al asunto essencial, usar la ironia y el doble sentido de las palabras, dar vuelta a los modelos y autoridades reconocidos, pensar en los finales inesperados, y cuando, finalmente, estaba satisfecha con su microcuento, llegó el dragón y le devoró la hoja de papel, com todo el plácer de un vegetariano y fervoroso defensor de los animales y humanos.


Solidão por Anamarija Marinovic

Solidão
Se eu fosse um cão, Brigitte Bardot levantaria a voz por minha causa.
Se fosse alcoólica ou toxicodependente, os médicos dos sanatórios tomariam conta de mm.
Se fosse assassina, os tribunais e os jornalistas iriam dedicar-me a devida atenção.
Se fosse lésbica ou prostituta, (infelizmente)  meia Europa lutaria pelos meus direitos
Se fosse uma estrela escandalosa de telenovelas, de música ou dum reality qualquer, milhares de fãs do mundo inteiro deixariam os seus comentários, smilies e palavras de apoio ou de crítica no meu perfil do Facebook...
Em vez disso... sou uma exemplar Doutoranda em Letras em pleno mês de Agosto.

viernes, 7 de septiembre de 2012

the curious and rich Serbian Culture

IVIC, Pavle (ed.) (1999) The Fistory of Serbian Culture, Porthill, Edgware, 356 pages
If you didn't know that Serbian Medieval illuminated manuscripts were made using a very special technique, unique in the world (because of which the oldest Serbian handwritten book the Miroslav's Gospel nowadays is considered the Patrimony of the Humanity in the UNESCO's list), if you didn't know that printing in Serbia started to be used much earlier than in many Western European countries, if you didn't know that Jacob Grimm started to learn the Serbian  language to be able to read it in the original and to translate it properly into German, if you didn't know that the first film in Serbia and in the Balkans was shown in 1896, only six months after the famous projection made by the Lumière brothers, if you haven't heart of the monastery Visoki Decani, from the fourteenth century that was built in Kosovo by the serbian king Stefan Decanski and finished by his son the Emperor Stefan Dusan, and that now is also protected by the UNESCO, then you are absolutely recomended to read The History of Serbian Culture.
this collection of works, written by the most prominent Serbian specialists in each of the areas here represented (art, architecture, oral and written literature, film, traditional architecture, history, music, sculpture, theatre), this book pretends to be a concise and informative guide to the most important events and personalities of serbian culture. Here you will find out more about the well-known writer Ivo andric, winner of the Nobel Prize in 1961, about some of the most prestigiuos film directors (that deserved some of the most important European awards, and that together with Kusturica made the Serbian cinematography recognizable and unique abroad . Their names are Goran Paskaljevic, Srdjan Karanovic, Slobodan Sijan, aleksandar petrovic and others.
The beautiful images and the high quality photographs just complete the rich and divers picture of the richness and singularity of serbian people, customs, traditions, arts and skills.
The only grave fault of this collection of essays is that there is no chapters that approach Serbian science, because there you could find the names such as Nikola Tesla, Mihailo Pupin, Milutin Milankovic and Mileva Maric-Einstein, without whom the scientific world today would certainly be much poorer.
In this book also misss some of the curious information such as that the first Newspaper in the Balkans waas "Politika" that started being published in 1901 in Belgrade and is still published daily, and also it would be interesting to mention that the first railway station in the Balkans was actually the one constructed in Belgrade, and that it still works.
However, in spite of these small imperfections, this collection odf scientific works of great quality is worth reading because it is very informative and presents Serbia in a different way, explaining to foreign readers that this country is much more than the stereotyped image of wars and cold weather, that unfortunately still exists in the mind of many European and non-European peoples.

miércoles, 5 de septiembre de 2012

quando as identidades se tornam assassinas

MAALOUF, Amin, (2001), As Identidades Assassinas, DIFEL, Oeiras, 173 pp.
Com o título mais do que provocativo, e escrita por um libanês que vive em Paris desde 19796 e escreve as suas obras em francês, esta é uma excelente obra que fomenta a discussão identitária na Europa e no mundo pós-modernos. Partindo da pergunta que as pessoas que o rodeiam lhe fazem "se ele se sente mais libanês ou mais francês", que é uma daquelas questões aparentemente muito banais que se colocam apenas para a conversa não acabar, Amin Maalouf dá as suas reflexões interessantes sobre o problema da identidade. Na sua opinião a identidade "não se compartimenta, não se divide em metades" (p.10), é algo que não é inato e que se constrói ao longo da nossa existência, que faz com que cada indivíduo se distinga das outras pessoas e que tem muito a ver com símbolos, representações e aparências.
O que há que destacar na pergunta inicial é o verbo "sentir", isto é, a identidade não é feita apenas de factores "racionais" e explicáveis tais como a pertença a uma etnia, religião , um determinado grupo linguístico, uma família etc, mas também depende de uma série de opções que nós fazemos regendo-se pela nossa esfera emocional, por gostos, imagens, mitos, interesses e tudo aquilo que não cabe dentro do domínio da objectividade e da razão.
O autor explica a fluidez e a mutabilidade do conceito da identidade de acordo com as circunstâncias sociopolíticas e culturais, referindo o exemplo de um habitánte da Bósnia que durante o regime de Tito se iria declarar como jugoslavo, para durante a guerra dos anos 90 se assumir como muçulmano e hoje em dia salientar que é bósnio mas europeu, sublinhando a necessidade de o seu país pertencer à Europa, alargando finalmente as suas pertenças identitárias às raízes balcânicas.
Quando analisa a situação e o contexto na antiga Jugoslávia e nos Balcãs, nota-se que tem conhecimentos profundos sobre a matéria e que não escreve sem argumentos e seguindo as tendências que estavam em vigor na década em que a obra original foi publicada (final dos anos noventa).
Dividida em quatro partes "A minha identidade, as minhas pertenças", "Quando a modernidade vem do Outro", " O tempo das tribos planetárias" e "Como domesticar a pantera", esta colectânea de ensaios discute não apenas a identidade, como a visão do Outro (ao mesmo tempo como perigo e ameaça e como alguém que desperta interesse, curiosidade e desejo de o conhecermos), a globalização e a sua (in)evitabilidade no mundo moderno, e a tentativa de se reconciliarem estes conceitos "problemáticos" hoje em dia, para as identidades não se tornarem "assassinas". Esta característica da identidade começa a ser preocupante quando um dos seus elementos (étnico, cultural, linguístico ou religioso) é exagerado e sobrevalorizado, mas ainda assim, Maalouf nunca recomenda que se deve esquecer ou apagar a identidade enquanto tal, apenas deve reflectir-se sobre ela de uma forma mais adequada à sociedade contemporânea em que vivemos.
Com uma linguagem muito simples e acessível para os leitores de todos os níveis de escolarização e de todas as faixas etárias, com metáforas originais e ideias interessantes, As Identidades Assassinas não representa em absoluto uma leitura fácil e unívoca, oferecendo sempre múltiplos e novos sentidos e significados de interpretação e compreensão.

martes, 4 de septiembre de 2012

guía para los docentes del español como lengua extranjera


María Luisa Coronado González, Javier García González, Alejandro R. Zarzalejos Alonso
Curso Superior de Esoañol para extranjeros
Lengua y Civilización
 “A Fondo”, SGEL, Madrid, 1999,310 pp.


 El libro que se presenta aquí, “A Fondo” lo recomienda el Ministerio  de Eduvcación y Cultura de España como muy apropiado para las pruebas del DELE (Diploma de Español como Lengua Exrtanjera). Está dedicado a los estudiantes de un nivel avanzado de la lengua española que quieren ampliar no solamente sus conocimientos de vocabulario, sino también los de la cultura y civilización española e hispanoamericana. Se divide en dieciocho capítulos, cuyos títulos son muy interesantes: empiezan como los refranes populares que  se usan con mucha frecuencia en todo el mundo hispánico
Por ejemplo:” De tal palo...”, o  “Cada oveja...” Ésta es una buena forma de que los alumnos empiecen a conocer varios segmentos culturales de los países de habla hispana.  Cada capítulo está dividido en siete partes: ¿Tú qué crees?,donde se pide la participación del alumno (respuestas a algunas preguntas, comparación y análisis de unos textos breves, la descripción de lo que pasa en las fotografías etc), Con textos, donde se exponen variostextos de lectura que abarcan varios temas actuales y de gran interés, como por ejemplo: la situación linguística en España, el comportamiento de los jóvenes en los bares, se explican fas fiestas de los Sanfermines,el franquismo etc.), lo que ayuda al alumno a obtener una información directa y completa  sobre algunos aspestos fundamentales de la vida en las zonas hispanohablentes. En la rúbrica llamada “ Palabra por palabra” el alumno tiene la opotrunidad de conocer y hacer una distincción entre  la variante peninsular e hispanoamericana del español,de aprender algunos elementos del lenguaje coloquial, o mejorar su vocabulario utilizando una gran czntidad de sinónimos. En este segmento del libro se pide que el alumno rellene los huecos o que relacione dos columnas de palabras etc. 

La parte “ Lo que hay que oír" incluye el uso de los casetes, porque se presta atención en la fonética, en  los aspectos de la lengua pronunciada por los hablantes nativos. Es una actividad necesaria para que los estudiantes puedan mejorar su pronunciación y escuchar la lengua viva sin que el contexto les suene artificial. Las unidades gramaticales se elaboran en la parte del libro llamada ”Materia prima”. Como los autores piensan que los alumnos del nivel avanzado ya dominan bien la gramática del español, los recuerdan a algunos matices linguísticos que podrían presentar dificultades en el habla, como por ejemplo la diferencia entre los verbos quedar y quedarse, o el uso de algunos prefijos y sufijos frecuentes etc. 
En la sección “Dimes y diretes” el alumno debe dar su opinion sobre algún tema, o relacionar las expresiones con sus definiciones, trabajar en grupos o parejas y hacer listas de palabras que se pidan de él etc. 
La última unidad de cada capítulo “A tu aire” , el alumno tiene  que demosrtar cuánto sabe sobre la cultura española o hispanoamericana, las fotos de los personajes famosos con sus nombres, componiendo pequeñas redacciones sobre ellos. 
Despuês de algunas lecciones existen test de gramática y vocabulario, apropiados para los exámenes del DELE, anteriormente mencionados.  Desde el punto de vista metodológico, se combinan los métodos y técnicas contemporáneas, para que la enseñanza del idioma sea interactiva, y para que el papel del alumno deje de ser pasivo.  Una de las instituciones públicas que usa este método en sus cursos superiores es el Liceo Filológico en Belgrado, y hasta ahora se ha mostrado bastante eficaz. El que el libro “A Fondo” se utilice en este liceo, dice lo suficiente de su seriedad y eficiencia porque los alumnus del Liceo Filológico empiezan a utilizar so´lo el español en la sala de clases ya a parrtir del Segundo semester del primer año de escuela secundaria y en los niveles avanzados lo dominan ya tanto que el libro de texto  “A Fondo" apenas les ayuda a perfeccionar y profundizar sus conocimientos.

lunes, 3 de septiembre de 2012

o (des)encanto da Europa Unida

Crítica de "A Europa Desencantada Para Uma Mitologia Europeia"LOURENÇO, Eduardo (2005) A Europa Desencantada Para Uma Mitologia Europeia, Gradiva Publicações, Lisboa, 240 pp.
Publicada pela primeira vez em 1993 como uma espécie de edição alargada da obra L' Europe Introuvable, A Europa Desencantada, Para uma Mitologia Europeia Para Uma Mitologia Europeia representa mais uma obra significativa no percurso europeísta do grande pensador português Eduardo Lourenço. 
Embora a duplicidade de sentidos da palavra "desencantada" no título possa confundir um pouco o leitor, porque à primeira vista não se sabe se o que o livro vai abordar é a desilusão com a ideia de uma Europa unida ou se dá a saber que a Europa finalmente conseguiu encontrar (desencantar) o seu verdadeiro caminho, este conjunto de ensaios é de facto uma reflexão profunda sobre todas as vantagens e desvantagens de ser-se europeu e de pertencer à União Europeia.
Observando por um lado a crise política, social e económica atravessada actualmente pelos países europeus, o autor defende a necessidade da criação de uma "mitologia europeia", uma base comum de valores, ideais, crenças, imaginários, que ajudaria os europeus a encontrarem um sentido cultural da Comunidade, que seria capaz de ir para além de meras aspirações económicas, que foram as iniciais razões da criação da actual União Europeia.
Discutindo as questões da identidade europeia e nacional, da globalização, dos centros do poder, das margns, das periferias, das influ^encias e choques culturais dentro do espaço europeu, Eduardo Lourenço debruça-se também sobre a posição de Portugal na Europa, as suas relações com a Espanha e outros países europeus, considera as ideias do nacionalismo, da utopia europeia, da marginalização da Europa perante o crescente poder dos estados Unidos, do Japão, e dos países islâmicos.
Nsta colectânea de ensaios abordam-se também a "antiga" e a "nova ordem mundial", expõem-se algumas das possíveis causas dos vários surtos do nacionalismo na Europa, observam-se os estereótipos e preconceitos sobre a europa no imaginário português e reflecte-se sobre o caminho e as alternativas em que portugal deve pensar para se sentir e considerar realmente europeu, sem ter que descartar o valor do seu passado histórico.
No que se refere à situação da Sérvia e alguns outros países balcânicos, Lourenço demonstra os seus profundos conhecimentos do ponto da situação em cada um deles e dá o seu diagnóstico imparcial sobre todas as vantagens e desvantagens do caminho em direcção às integrações europeias.
Dividida em duas partes, sendo a primeira mais defensora de uma Europa unida e a segunda um pouco mais céptica, a Europa desencantada Para uma Mitologia Europeia é uma obra complexa, que pretende esclarecer algumas das incógnitas e dúvidas mais importantes no leque das possibilidades entre ser e não ser europeu. 
Desde "Um europeu à procura da europa" até "Da identidade europeia como labirinto" esta colectânea discute e defende as ideias e os valores comuns da cultura europeia, salientando a necessidade e urgencia de uma mitologia comum, aparentemente um dos pilares mais importantes da construção europeia, mostrando também que o sonho de uma grande comunidade unida ainda não terminou e que os cidadãos da europa devem lutar por aumentar a consciência sobre o seu lugar e o lugar do seu continente na História universal. Esta obra pretende mostrar que apesar de todas as crises e divergências, a pesar dos cepticismos e atitudes reservadas em relação à europa, ela ainda tem forças para resistir e continuar a ter uma importância extraordinária no mundo actual.
Além do grande valor documental,  há-que salientar também o valor estético, linguístico e estilístico desta obra, que no conjunto da criação ensaística de Lourenço ocupa um espaço notável e de grande mérito.

sábado, 1 de septiembre de 2012

paranormal phenomena, visions and "extraordinary gifts"

LAZARUS, Diane (2007), Mixed Blessings, Arrow Books, london, 198 pages
Although it pretends to be more than a story about "a frightened child with an exceptional gift" (which, in fact, is quite a mediocre and predictable narrative about a drunk and violent father who humiliates his wife and is not particularly fond of his children), the novel "Mixed Blessings" written by Diane Lazarus tries to persuade the readers that paranormal phenomena and some strange and unlikely things such as communication with the spirits of  dead people, hearing voices within the head, visions and predictions of the future are not just possible but also desirable, acceptable and recomendable.
Mirrors that go misty when something is wrong, psychic wall screens, the power of concentration that can calm a crying baby down are not convincing enough to be considered as parts of the author's extraordinary gift.
The author, being simultaneously the narrator of the story and its main character, presents herself all the time as a wonderful sister, daughter, friend and wife, but if in her native family there were four children, and she speaks with more details only about her brother Gary, her sister Debbie and herself, we can think about why the fourth child is so insignificant in her lufe that he was hardly mentioned. Seeing herself at the same time as a victim (especially in her childhood and in her relationships with her first husband and later on with Kevin) and as a perfect  creature, heeler, saviour of lives and families, Diane never admits that she can also make some mistakes. Instead of having read  so many books on meditation, psychic disorders and paranormal phenomena, she could have spend more time with Kevin and her children, and he couldn't be seen with a beautiful girl that appeared in her vision, so that was absolutely her fault. It is not explained how and why a silent and well-mannerded guy that was her first love, became a violent and intolerant man, but it was very explicite that some voices, strange events, and of course a malevolent shadow of her father's tried to stop and prevent their wedding and happiness.
Using the capacity of "reading" people's past, Diane showed that she likes very much to appear in TV programmes, raddio, newspapers, that she is happy to be involved in police investigations of mystherious murders, although sometimes she seems to be exausted and angry about all her fame, but still she continues doing that, affirming at the last page of the book that "it is just the beginning".
Putting the guardian angel at the same level as the mystherious Lined Man, the spirits of her dead relatives and the souls of the victims of cruel crimes and considering Jane, died from  a cancer an Archagel, from the point of view of the Christian religion can be considered a heresy.
Presenting herself as a superior creature who is never wrong, and can find a lost child faster than a dog and better than a helicopter, the author of this novel just wants to draw attention to herself and to sell her book, being admired as a woman with a huge heart and big and generous soul. (although she wasn't right about Mark's dead body when she said "it was in water somehoow")
When she told her sister: " You will marry a man called Stephen", she could have been right and convinced in the truth of her vision, as well as her sister could have retained that information in her subconsciousness and she could have convinced herself that she in fact would marry a guy with that name.
Although it is very well-known that all the "fortune tellers, mediums, psychics and other people who claim that they can predict the future can know something, but of course not everything, Diane wants the readers to believe that absolutely each one of her "visions" was an unmistakable truth and that her "spiritual guides" were never wrong.
The book is all about  destiny, the future,  visions and other unexplainable phenomena, but it never questions the idea of how dangerous it would be to know the exact future of the others, including the way they will die. If there is a destiny, what are human freedom and will for? If we can see our own future (and the most of the fortune-tellers say that they actually do not know it), how predictable would our lives be?
There is also a moral dilema: if you know when and how somebody will die, should you or not tell it?
In the case that Diane "previewed" Jane's funeral, she decided to keep visiting her home in order not to keep her hope away, so she showed that she was quite a hypocrit and not a friend.
The main character is not as good as she believes,  because she showed to be quite unable to forgive her own father, even after seeing him ill in the hospital. Instead, she is secretly happy and satisfied when she hears him complaining "why me?"His wonderful and virtuous daughter just thinks: "And why not you?"
Concerning the visions of saints and angels, from the point of view of the Orthodox Christian Church, they must not be taken for granted and they must be interpreted very carefully, because sometimes that visions do come from God, and sometimes there are a mere temptation that makes us think that we are better than the others and superior to them, The belief that we can freely communicate with angels can be just a proof of our vanity and soberbe, which may be Diane lazarus's case.
The personalities of the chataters of the book were not developed enough and their relations should be deepenned and better represented. As to the language and style, some of the sentences such as "the family were devasteted, the poor children left motherless and I was angry und upset" or "He will live and he will call you "Mum" Again" are just old and many times repeated clichés in the easy reading literature.
The only part of the book that is worth reading is the one that describes Diane's social work with elderly people as well as with adults with serious behavioral problems, that  can make this book more interesting than all the visions and predictions that were described.
IThis is a very commercial kind of book that will draw the attention of desperate people with familyy problems, but it has no aesthetic or literary value at all.

discussão da identidade europeia

LOURENÇO, Eduardo (1988),  Nós e a Europa ou as duas Razões, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, biblioteca Temas Portugueses, 142 pp.
Publicada em 1988, relativamente pouco tempo depois da adesão de Portugal à União Europaia, a obra que trouxe ao seu autor o Prémio de Ensaio Charles Veillon, Nós e a Europa ou as duas Razões representa uma das reflexões importantes sobre a identidade portuguesa e europeia, a (im)possibilidade de reconciliar estes dois conceitos. Debatendo estas e outras questões tais como o olhar da Europa para Portugal e Espanha, a cultura, o passado histórico e cultural português, a crise da Universidade enquanto instituição em Portugal, Eduardo Lourenço pretende dar mais ênfase às noções do centro, margem e periferia na Europa e no mundo do ponto de vista económico, político, social, cultural, religioso e ideológico.
Na sua observação do ponto da situação na Europa na altura em que esta colectânea de ensaios foi escrita salienta-se a ideia da diferença e da divisão de um continente "sem nome", antigamente forte e centralizado, em "duas Europas", a "Europa-Europa" (os países mais desenvolvidos como França, Alemanha, Bélgica e os países nórdicos" e a "Europa Menor" (que abrange basicamente Portugal e Espanha). nesta linha de pensamento o autor menciona "a europa católica" e a "Europa protestante", sem sequer ter em conta "a Europa ortodoxa" ou "a Europa socialista". 
Obviamente debruçando-se apenas sobre o lado "ocidental" do continente europeu no sentido mais lato da palavra, Lourenço expõe as suas ideias pró-europeias tal como os problemas que Portugal e Espanha enfrentam no seu caminho das integrações europeias, discutindo também um certo "excesso de peso" que o passado destes dois países tem em relação a um futuro europeu.
Nesta obra colocam-se constantemente as questões de "nós" e os Outros, das fronteiras e das identidades, de "nós" e os "Estrangeiros",  a universalidade e a singularidade usando-se para o pensamento de Miguel Torga relacionado com Portugal a metáfora de David e Gilías, e sendo o Estrangeiro visto como a segunda personagem da célebre história. A imagem do Estrangeiro como Golías convida o leitor a reflectir se o Outro deve necessariamente ser encarado como uma ameaça ou como um perigo.
Há que salientar que alguns dos ensaios desta colectânea foram escritos em francês ("L' Europe et Nous", "Camões et l' Europe", " Le Romantisme et Camoens" e "Envoi et Adieu à Madeleine",)  podendo as razões para esta opção ser múltiplas: desde o desejo do autor de chamar a atenção do público francófono para alguns aspectos da cultura portuguesa, até a "comunicação assimétrica" entre Portugal e França ou ainda a tendência de se afirmar que é possível tratar as duas línguas e culturas em questão por igual e sem necessidade para um sentimento de inferioridade ou superioridade de nenhuma delas.
Nesta fase da reflexão dos temas europeus A Europa, para Eduardo Lourenço é ainda um espaço inexplorado, que faz com que os Portugueses sintam por ela simultaneamente o ressentimento e o fascínio, colocando-os perante a escolha entre a glorificação do próprio passado e ao mesmo tempo idealização da europa desenvolvida.
Esta colectânea  de ensaios de forma crítica e analítica, objectiva e imparcial sempre que possível, reflecte sobre Portugal como entidade, a sua posição na europa e no mundo, o choque entre as diversas culturas,  a memória, a imagem que se tem sobre si próprio e sobre os Outros, oferecendo aos leitores um excelente material para a discussão, observação e desenvolvimento do espírito crítico.
Crítica de "Nós e a Europa ou as Duas Razões"